Negócios são pessoas. O resultado dos negócios são, simplesmente, o reflexo do que elas pensam e sentem

Perceber o mercado e tentar decifrá-lo é algo que empresários e empreendedores buscam no mundo dos negócios todo o tempo e o tempo todo. Não é por acaso que muitos deles investem constantemente nesse quesito, seja em tempo ou em qualquer outro tipo de recurso disponível.

Estudar essas ações mais de perto e levar em consideração as diversas conversas que tenho com empresários e empreendedores que lido, de certa forma, no meu dia a dia, nos programas de educação que participo ou conduzo, percebo que o retorno desse investimento é extremamente baixo, contribuindo diretamente com a instalação de um pré-conceito de futuro, que postula a certeza em muitas dessas pessoas que, investir tempo e dinheiro em conhecimento e/ou informação para os negócios não é uma boa opção, e acredite, isso acontece justamente pelo baixo retorno que se tem como resultado da ação descrita acima.

O rigor desse estudo nos faz perceber que existem diversas razões para essa busca, mas podemos agrupar em dois grandes grupos: um que representa a paixão em conjunto com o bom e velho entusiasmo e o outro, a representação das tentativas instintiva de lidar com o momento atual ou de futuro próximo que o negócio enfrenta ou enfrentará, afinal quem está governado pelo medo, pela ansiedade ou até pela falta de competência é muito fácil morder a isca de querer se manter no controle.

Com o passar do tempo muitas dessas empresas se tornam para essas pessoas de negócios o seu maior tirano, tendo como seus parceiros mais importantes os fantasmas nomeados de concorrente, mercado e governo fazendo com o que a atenção se torne uma boa desatenção, afinal você conhece algum empresário ou empreendedor que reclama do mercado, concorrente e governo? Se sim, é questão de tempo para a empresa fazer parte dessas reclamações.

Interessante que num passado nada longínquo, essas pessoas tinham consigo que a empresa era o sonho de suas vidas, a chave do paraíso futuro que proporcionaria uma melhor condição financeira, mas é impressionante ver a mudança da categoria de sonho para pesadelo.

As empresas estão sucumbindo com o tempo, várias o fizeram de forma precoce, contribuindo diretamente com a estatística medonha que 97% das empresas fecham em até 5 anos, aprofundando, podemos perceber que as pessoas que estão à frente de um negócio, se comportam sem perceber da mesma forma que pensam e sentem, vou exemplificar isso numa pequena história:

José é um empresário que estava realizando o seu sonho: o de trabalhar por conta própria. Havia investido todas as suas economias em um pequeno negócio em sua cidade e com toda coragem do mundo decidiu atender uma súplica que havia percebido no mercado por um determinado grupo de pessoas. Superar o risco de empreender foi impressionante, feliz com esse momento e com a concepção realizada rapidamente, seu primeiro investimento retornou. Fez as contas do resultado do investimento e não teve dúvidas nesse primeiro momento, com isso, não demorou para contratar os primeiros colaboradores de confiança, que eram seu irmão e seu primo, pois o grupo de pessoal se transformaram em clientes, que estavam chegando em boas porções e sozinho ele não iria longe.

Se passou alguns anos e o José se manteve da mesma forma e com o tempo, não tardou para a dificuldade chegar. O momento agora não é mais o mesmo de anos atrás, pois os clientes não chegavam mais em porções e por esse fato, entre outros, José tomou ações drásticas para conter os custos e hoje a sua continuidade como empresário está muito ameaçada, até que ele resolveu pedir ajuda a um amigo também empresário.

Esse amigo, um empresário já com certa estrutura e com tempo disponível abriu a agenda para o encontro instantaneamente. Na conversa, José confessou para seu amigo que se sentia receoso desde o começo do seu negócio pois, para ele, atuar no mercado era muito difícil e seus pensamentos sempre foram o de se prevenir contra qualquer ameaça, e claro que com esse medo tomou a principal ação, pois por ter uma visão de escassez o correto era poupar tudo que pudesse, como por exemplo os investimentos que o negócio e ele como pessoa demandava.

Intrigado com a confissão, seu amigo lança uma pergunta: De onde você tirou a ideia inicial do seu negócio que afinal, começou tão bem? José respondeu sem titubear: “ foi no momento que eu havia pensado e refletido durante umas férias, onde descobri que poderia contribuir com as pessoas que tinham dificuldades especificas no mercado” e naquele momento só de pensar, ele havia se sentido pronto. E não parou por aí, completou a resposta afirmando que para garantir o resultado teve que buscar informações e conhecimento sobre negócios, que o levou para a realização efetiva e percebeu que na prática não seria tão difícil quanto o desconforto que sentia durante os momentos de um programa que havia feito buscando informações e conhecimentos.

Com essa pequena história, podemos perceber que para cada pensamento e sentimento sempre há um desdobramento, que damos o nome de ação.

Portanto um dos maiores desafios do mundo dos negócios são as ações coerentes e consistentes e isso, só é possível, por meio da interpretação dos pensamentos e sentimentos, primeiramente de si e depois dos clientes, mercados, concorrentes e até do governo. Keine Alves Líder Educador